Primeira missa em honra à Santa Dulce dos Pobres é celebrada em Roma

    Com informações do A Tarde/ Foto: Walmir Cirne | Ag. A TARDE

    O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, celebrou na manhã desta segunda-feira (14), em Roma, na Igreja de Sant’Andrea della Valle, a primeira missa em honra à Santa Dulce dos Pobres. O ato aconteceu após a cerimônia de canonização que a tornou santa na manhã deste domingo (13), na Praça de São Pedro, no Vaticano.

    Na missa, Dom Murilo leu a homilia. “As cenas que viu e o sofrimento que testemunhou, marcaram profundamente sua vida e suas escolhas. A partir daí, quis dedicar sua vida a servir os pobres, como Jesus havia feito”, citou em um trecho.

    Sobre o sentimento de celebrar a missa, Dom Murilo disse que fez com o coração e representou todos os brasileiros. “Procurei celebrar com o coração, porque eu lembrava sempre, que eu não sou eu ali: represento os bispos do Brasil, o povo brasileiro, particularmente, os baianos e soteropolitanos. Procurei assumir o sentimento de todos, agradecer para Deus por este dom e pedir assim como ele foi generoso conosco, nos dando este presente extraordinário, que é Santa Dulce dos Pobres, nos dê a graça de colher outros presentes seus, já que a sua misericórdia é infinita. Vivamos agora este espírito de gratidão, porque não devemos nos cansar de agradecer a quem foi tão generoso”, Dom Murilo.

    Durante a missa, religiosas de várias ordens se reuniram para cantar uma canção que Santa Dulce dos Pobres gostava.

    A cerimônia contou com a participação da superintendente da Obras Sociais Irmã Dulce e sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, e do miraculado José Maurício Moreira.

    Dentre autoridades presentes estavam o vice-presidente da República, Hamilton Mourão e o prefeito de Salvador, ACM Neto. O padre Antônio Maria, a cantora Margareth Menezes e o sanfoneiro Waldonys cantaram durante a missa.

    O processo de santificação do Anjo Bom da Bahia é considerado o terceiro mais rápido da história da Igreja Católica, considerando a data de falecimento – atrás apenas do papa João Paulo II (nove anos) e de Madre Teresa de Calcutá (17 anos após a morte).

    Na juventude, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, seu nome de batismo, tornou-se freira e, desde então, sua atuação na região da Cidade Baixa ficou conhecida por ajudar os mais pobres, sempre pedindo auxílio a todos, desde pequenos comerciantes até presidentes. “Quando cada um faz um pouco, o pouco de muitos se soma”, costumava afirmar. Faleceu em 1992, aos 77 anos, e deixou como legado as Osid, que funcionam no Largo de Roma.