Fechamento do Odorico Tavares é “irreversível”, afirma governador

O governador Rui Costa declarou nesta segunda-feira (27), que a decisão de fechar o Colégio Odorico Tavares  é “irreversível” e que a unidade vem sofrendo com a perda de alunos a cada ano. “A minha sensibilidade maior é com quem estudou lá, que tem memória afetiva com a escola. Naquele local, nem escola particular tem porque não tem demanda pra isto. Respeito quem pensa diferente, mas não posso fabricar dinheiro. Nós vamos vender não somente este imóvel, mas outros também pra construir mais escolas”, explicou Costa, em entrevista à uma rádio de Salvador.

Na última quarta-feira (22), estudantes, pais e professores realizaram um protesto contra o fechamento da unidade. Eles ocuparam por quase 24 horas as instalações do prédio.

Segundo o governador, o Colégio Odorico teve cerca de 300 estudantes matriculados em 2019, quando tinha capacidade para mais de 3 mil. A gestão petista argumenta que a venda do terreno vai permitir a construção de novas escolas.

“Eu penso que equipamentos de qualidade podem e devem estar onde o povo mora. Na polêmica, fico do lado do povo, de onde eu vim. A escola serve de referência não somente para aprendizado stricto sensu, serve para a prática cultural. Um equipamento educacional em comunidade pobre tem uma função social extraordinária porque vai ser usado nos 365 dias no ano, não apenas nos dias que tiver aula. Salvador praticamente não tem equipamento de convivência social nas comunidades pobres”, afirmou durante a entrevista.