Ex-chefe de gabinete de Prates, Daniel Alves sai dos bastidores para a CMS

Um dos 18 novos vereadores eleitos para a Câmara Municipal de Salvador, Daniel Alves, 38 anos, que se filiou ao PSDB a convite do presidente estadual, deputado Adolfo Viana, logrou êxito em sua primeira disputa partidária. Apesar de ser estreante na conquista de eleitorado, já acumula uma trajetória nos bastidores da política soteropolitana e teve o “martelo batido” para a disputa de 2020 endossado por nomes como Leo Prates (PDT), Tiago Correia (PSDB) e o próprio prefeito ACM Neto (DEM).

A proximidade com nomes da política, porém, não param por aí: “Tenho uma relação muito próxima com João Gualberto (PSDB), Adolfo foi meu colega de escola, Tiago e Leo principais apoiadores, tenho boa relação com Bruno Barral [secretário municipal da Educação”, enumera Alves.

 

Há outra relação de proximidade com uma figura da política que o vereador . Ele é neto do ex-deputado João Alves, apontado como líder do escândalo político denominado “anões do orçamento”, um esquema de fraude em recursos do Orçamento da União. O ex-deputado faleceu em 2004, aos 85 anos, quando o neto completava 22 anos.

 

Eleito com 5.647 votos, Alves adentrou o universo político partidário ao assumir a chefia de gabinete do amigo de infância, o deputado licenciado, Leo Prates, à época, presidente da Câmara de Municipal. O currículo do vereador eleito ainda consta a coordenação da campanha de deputado de Prates, assim como assessoria em mandato eletivo de Tiago Correia e um retorno à chefia de gabinete de Prates já como secretário da Saúde do Município de Salvador. Para Alves, no entanto, “a política sempre esteve presente em sua vida”.

 

“Sempre participei de todos os tipos de política. Passei por grêmio de escola, depois eu tive meu próprio negócio (bar e restaurante) e cheguei a ser presidente da Abrasel [Associação Brasileira de Bares e Restaurantes], participei da Câmara do Turismo, da Federação do Comércio, além da Câmara do Jovem Empresário”, conta Alves, acrescentando uma crença pessoal, de que é “natural” o caminho entre um cargo de assessoria parlamentar e a decisão de disputar um processo eleitoral. “Quando você entra como assessor político, por mais que seja técnico você tem a oportunidade de, em algum momento, concorrer a uma eleição”, pontua.

 

Sobre o trabalho na Câmara, Daniel Alves diz apostar no diálogo. “A gente está vivendo um momento político de extremos, de rótulos e essa questão do extremo não tem nada a ver a democracia. A democracia é o diálogo”. Para além, pautará questões como a saúde, aproveitando a “bagagem da secretaria de saúde e o conhecimento dos problemas da saúde em Salvador”; a defesa do micro e pequeno empresário, em uma proposta de investimento e capacitação desses pequenos vetores da economia local, e a defesa do turismo, “abrangendo a hotelaria, bares e restaurantes, eventos, entretenimento, feiras. Todos os setores do turismo”.

 

Soteropolitano, casado, pai de dois meninos, uma “pessoa tranquila e simples”, em sua própria definição, Daniel Alves assumirá a cadeira de vereador somente em 2021, mas já tem firmeza e ciência por quem quer ser liderado na Casa legislativa de Salvador: “Declarei apoio a Geraldo Junior. Conheço há muito tempo. Sempre esteve presente ao meu lado”.

Foto:Bahia Notícias