Feminicídio: Homem é preso suspeito de alterar cena do crime para forjar suicídio em Paulo Afonso

    Logo após a morte de Cíntia Maria da Silva começar a ser investigada pela Polícia Civil, o ex-companheiro dela apresentou a versão de que teria sido suicídio. Entretanto, provas periciais obtidas durante a investigação conseguiram contestar essa história e descobrir que, na verdade, era um caso de feminicídio.

    A informação foi revelada pela delegada Antônia Jane, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Paulo Afonso.

    O suspeito foi preso, na quarta-feira (13), após levantamento realizado pela equipe da Delegacia da Mulher, com apoio Departamento de Polícia do Interior (Depin), da Superintendência de Inteligência da SSP e Delegacia Territorial (DT) de Paulo Afonso. Ele estava com um mandado de prisão em aberto.

    Cíntia foi assassinada, no dia 10 de novembro de 2020, em seu apartamento. O companheiro dela acionou a polícia informando que havia encontrado o corpo da vítima pendurado por um lençol, que ele supostamente havia cortado. No entanto, vizinhos afirmaram que o corpo de Cíntia estava deitado no chão quando chegaram ao local.

    Familiares da vítima contaram à delegada Antônia Jane que ela sofria maus tratos do companheiro e já havia sido agredida por ele, motivado por ciúmes, em outras ocasiões. “Recentemente ela havia pedido a separação e começado num novo emprego, o que intensificou a violência do acusado”, salientou a delegada.

    A perícia no local do fato, no carro do suspeito e imagens de câmeras de segurança foram essenciais para descobrir o que realmente ocorrera. O suspeito aparece em imagens do circuito de segurança do condomínio transportando um colchão, na mala do veículo. Manchas de sangue também foram descobertas no volante do carro, apreendido posteriormente.

    Os exames médicos no corpo da mulher revelaram que as marcas de violência não eram compatíveis com suicídio. Cíntia foi violentada e morta por estrangulamento. Seu agressor responderá pelos crimes de estupro, feminicídio e fraude processual.

     

    Foto: Reprodução

    Fonte: BNews