Vilas-Boas critica exclusão do Brasil na fabricação de medicamento e cobra ação do Congresso

    Reprodução: Bahia.ba

    O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, cobrou do Congresso ações para reverter a exclusão do Brasil da lista de 127 países autorizados pela biofarmacêutica americana Gilead a fabricar o Remdesivir, medicamento testado no combate à Covid-19.

    A empresa americana abriu mão da patente para que outras nações produzissem o antiviral, que foi o primeiro medicamento aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em pacientes internados com a doença.

    “Gilead, fabricante do Remdesivir, abre mão de patente, mas exclui Brasil. Precisamos quebrar a patente. É inaceitável que tenhamos de pagar R$19 mil pelo tratamento de cada paciente, quando os genéricos saem por R$5 mil”, disse Vilas-Boas nesta quarta-feira (31), em publicação no Twitter.

    Na postagem, ele compartilhou uma reportagem falando da exclusão do país da lista, publicada em maio de 2020, e acrescentou que é preciso fazer “o que fizemos na época da AIDS e tornou o Brasil exemplo no combate à epidemia”. “Nossos representantes no Senado Federal, Angelo Coronel, Otto Alencar e Jaques Wagner podem erguer essa bandeira”, convocou Vilas-Boas.

    Em resposta, o senador Angelo Coronel (PSD) definiu a exclusão do Brasil como um “absurdo”. “O Congresso Nacional precisa agir pra derrubar essa exclusão. A Gilead tem que respeitar nosso País. #quebrarpatenteja”, escreveu.