Israel começa a aplicar 3ª dose da Pfizer em maiores de 60 anos

Enquanto muitos países ainda enfrentam dificuldades para aplicar a primeira dose de vacinas contra a covid-19 na população, Israel começou a administrar, a partir desta segunda (02), uma terceira dose em pessoas com mais de 60 anos.

O presidente do país, Isaac Herzog, de 60 anos, já recebeu a terceira dose do imunizante da Pfizer-Biontech no Hospital Sheba, num subúrbio de Tel Aviv. A mulher dele, Michal Herzog, e o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também foram vacinados com a terceira dose.

“Começamos a campanha de reforço da vacinação, para que a vida possa voltar ao normal o mais rapidamente possível”, declarou o presidente israelense após ser vacinado.Segundo dados da Pifzer, a administração de três doses da vacina reforça a proteção contra a contagiosa variante delta, mas muitos países avaliam se isso é mesmo necessário. As autoridades sanitárias dos Estados Unidos, do Brasil e da União Europeia, por exemplo, ainda não aprovaram a necessidade de uma terceira dose.

Segundo Hagai Levine, epidemiologista da Universidade Hebraica de Jerusalém, a decisão de Israel “se baseia na opinião de especialistas, na lógica, e não em evidência científica sólida”. “Mas tudo bem. Na saúde pública e na medicina, às vezes você toma decisões com base em sua experiência e no seu raciocínio”, acrescentou.

Israel executou no primeiro semestre uma rápida campanha de vacinação, graças a um acordo com a Pfizer-Biontech, e suspendeu muitas restrições para conter a pandemia em junho, quando os novos casos de covid-19 caíram de 10.000 para menos de 100 por dia. No país, 57% dos 9 milhões de habitantes completaram o esquema de vacinação. Essa taxa sobe para 87% entre pessoas com mais de 60 anos e 90% para os acima de 70.

Em meados de julho, o governo já havia autorizado a aplicação da terceira dose para pacientes com quadro de imunodepressão severa.