Comissão da Câmara convoca ministro da Justiça para explicar morte de Genivaldo por PRFs em Sergipe

Por dez votos a sete, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (1º), a convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, para dar explicações sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Umbaúba, em Sergipe.

O requerimento de convocação foi proposto pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Segundo o Estadão, parlamentares governistas ainda tentaram reverter a convocação em convite e disseram que o ministro não se negou a comparecer diante dos congressistas.

Também argumentaram que seria mais adequado ouvir quadros “técnicos” da própria PRF. A maioria entendeu, no entanto, que Torres deveria ser obrigado a se apresentar o quanto antes para se manifestar sobre o episódio.

O ministro é obrigado a comparecer na comissão. Isso porque, ao contrário do convite, que tem caráter voluntário, a convocação não dá margem para que ele recuse a participação sem uma justificativa. Caso contrário, pode responder por crime de responsabilidade

Além dos erros na abordagem, um dos principais pontos de interesse da comissão é sobre o treinamento dos agentes da PRF.

Todos nós ficamos indignados com o assassinato do Genivaldo naqueles termos. Imagino que muitos de nós se emocionaram, ficaram estupefatos, assustados com aquilo que nós vimos. A convocação não é nenhum gesto pessoal, é a demonstração de que a comissão está indignada com o que aconteceu”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da comissão.

“É necessário que o governo tome providências e venha aqui se explicar”, completou o comunista.

 

 

 

 

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