Policiais ameaçam com paralisação para manter Previdência diferenciada

Com três emendas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 da reforma da Previdência pela manutenção do trabalho policial como profissão de risco na Constituição, os policiais civis, federais, rodoviários e agentes penitenciários prometem paralisar suas atividades, caso o texto original do governo prossiga da forma como está na Câmara dos Deputados.

A PEC não trata especificamente da aposentadoria desses policiais, já que projetos separados serão apresentados ao Congresso – no caso das categorias federais – e às Assembleias Legislativas – no caso das categorias estaduais. Mas, de acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Boudens, a categoria acha que a retirada de um artigo na Constituição que deixa explícito que a profissão contém riscos à vida dos policiais é uma perda de direitos.”Com esse reconhecimento garantido na Constituição, poderemos negociar as legislações estaduais.

Cada Estado vai decidir dentro da sua realidade, mas levando em consideração esse fator”, avaliou Boudens. O artigo em questão engloba policiais civis, federais, rodoviários, ferroviários, agentes penitenciários, agentes de trânsito e guardas municipais. Já os policiais militares e bombeiros terão tratamento separado, também em outra lei, por serem militares.