Contra reforma da previdência, professores da rede pública iniciam greve

Os professores da rede pública de ensino iniciaram uma paralisação das atividades. O movimento, que começou na quarta-feira (15) junto com a greve geral, foi motivado pelo projeto de Reforma da Previdência do governo federal e está previsto para durar até o próximo dia 24.

De acordo com a diretora de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rose Assis Aleluia, o movimento grevista ganha importância diante dos impactos que a reforma poderá causar.

“O baque que vai ser muito grande para todas as categorias, não só para os professores como para todos os profissionais”, disse Rose. Ainda segundo a diretora, as escolas tanto da rede estadual como da rede municipal aderiram ao movimento. Ao longo desses 10 dias, o sindicato realizará ações visando fortalecer o movimento de greve.

Aulas serão repostas
A APLB disse ainda que a secretaria estadual  de educação foram comunicadas através de ofício e por meio de diálogo que a categoria aderiria à greve geral e, segundo o sindicato, as pastas não impuseram nenhum tipo de retaliação.

“Comunicamos à secretária que um calendário de reposição de aulas será feito ao final desses 10 desses de paralisação para que os alunos não fiquem no prejuízo. Até o momento, o governo estadual não fizeram nenhum tipo de ameaça, como corte de ponto, aos professores”, contou Rose.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que está orientado os gestores escolares a abrirem as escolas e garantirem o cumprimento dos 200 dias letivos.

“Em relação à mobilização dos trabalhadores da Educação contra a reforma da previdência, a Secretaria da Educação do Estado esclarece que o movimento é nacional e desencadeado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. A Secretaria está orientando os gestores escolares a abrirem as unidades e garante o cumprimento dos 200 dias letivos”, diz a nota.

Adesão parcial nas escolas municipais
De acordo com a Secretaria e Educação do Município (SMED), a adesão à greve está sendo parcial nas escolas da rede municipal. “Cerca de 50% das pouco mais de 400 escolas do município aderiram à greve”, disse  a secretária da educação Paloma Modesto.

A chefe da pasta disse ainda que compreende as questões que levaram à greve, porém, acredita que uma paralisação de 10 dias poderá trazer transtornos ao andamento do ano letivo. “Além dos probelmas em relação ao calendário escolar, tem ainda o fato dos estudantes precisarem ficar em casa e isso impacta o trabalho dos pais desses alunos”, disse.

Ainda de acordo com a secretária, os professores faltosos estão sendo acompanhados e a SMED irá fiscalizar a reposição das horas aulas perdidas. O governo do estado está realizando um levantamento das escolas que aderiram à greve.