Ministério descarta irregularidade em carnes na Bahia

O Ministério da Agricultura começa a recolher a partir desta segunda, 20, a carne estragada dos três frigoríficos do sul onde a fraude foi confirmada pela Operação Carne Fraca deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira. Mas na Bahia não há indícios de que os produtos processados pelas duas unidades das JBS no estado – em Itapetinga e São Gonçalo dos Campos – estejam fora do padrão para consumo.

A operação já prendeu executivos dos grupos JBS (de marcas como Friboi, Swift e Seara) e BRF (Sadia e Perdigão) no Distrito Federal e em seis estados, entre os quais Paraná, Santa Catarina e Goiás.

Segundo informou no sábado, 18,  o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura na Bahia, Altair Santana de Oliveira, as duas empresas baianas da JBS são de padrão de excelência e nível tecnológico muito avançado. Ele assegurou que as inspeções feitas pelo órgão nestas unidades mostram que não há irregularidades como as reveladas na operação da PF.

“A Polícia Federal passou dois anos investigando as fraudes nos frigoríficos em vários estados. Imagino que os da Bahia também tenham sido alvo de investigação, mas não foram citados”, disse Oliveira, acrescentando não ter recebido, até o momento, nenhuma orientação do Ministério sobre recolhimento de produtos.

Em São Gonçalo do Campo, a JBS produz salsicha e mortadela e frango inteiro e cortes da marca Seara. Em Itapetinga, o frígorifico processa carne bovina desossada e embalada à vácuo.

A empresa fornece basicamente para o Nordeste e exporta para o mercado asiático. Em 2016, a companhia teve um lucro no País de R$ 376 milhões, queda de 91,9% frente ao ano anterior (R$ 4,64 bilhões).