Na última quarta-feira (29), a JBS, investigada no âmbito da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no último dia 17 de março, concedeu férias coletivas de 20 dias aos funcionários de dez das 36 unidades da empresa espalhadas pelo Brasil.
Por meio de nota, a JBS afirmou que a medida vai entrar em vigor a partir da próxima segunda-feira (3) em uma planta industrial de São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará. Ainda de acordo com a empresa, a retração das vendas tornou a medida necessária para “ajustar os volumes de produção e normalizar os níveis de estoques de produtos”.
Ainda, os 20 dias previstos inicialmente podem se estender por mais dez. A JBS disse estar empenhada na manutenção do emprego de seus 125 mil colaboradores em todo o Brasil. No entanto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (Cnta) manifestou preocupação dainte da medida adotada pela empresa.
“Entendemos que o trabalhador não pode pagar pelas consequências de atos que não foram cometidos por eles e que o governo deve intervir junto aos frigoríficos, principalmente, aqueles ligados aos grupos JBS, que foram financiados com verba pública e, inclusive, contam com participação acionária do BNDES”, argumenta a Cnta.