Impasse permanece entre vigilantes e empresários

Com informações do A Tarde ( Foto: Joá Souza)

Após mais uma rodada de negociação, nessa quinta-feira, 1º, dessa vez no Ministério Público do Trabalho (MPT), a greve dos vigilantes na Bahia continua. A próxima reunião entre representantes da categoria dos vighilantes (Sindivigilantes) e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) está marcada para a próxima terça, às 9h, novamente no MPT.

O impasse é o mesmo:  vigilantes reivindicam reajuste salarial de 7%, tíquete-refeição de R$ 20, cotas para as mulheres de 30% por posto de trabalho e piso salarial de R$ 1.500. Já a oferta dos empresários corresponde a 1% de aumento salarial.

Para a  próxima mesa, o presidente do Sindivigilantes, José Boaventura, espera que os empresários compareçam ao Ministério Público do Trabalho.

“Não houve acordo porque os patrões foram representados por um advogado”, diz o Boaventura se referindo à ausência dos empresários em mais uma mesa de negociação.

Procurada para comentar sobre o impasse entre vigilantes e patrões, o Sindesp não atendeu às ligações.

Manifestação

Cerca de 700 trabalhadores, de acordo com o Sindivigilantes, partiram na tarde desta quitna, de caminhada do MPT, no Corredor da Vitória, até a sede do sindicatoda categoria, localizada no bairro de Nazaré.

Este foi o segundo ato no mesmo dia protagonizado pela categoria, já que, na manhã desta quinta, manifestantes caminharam da Baixa dos Sapateiros até o MPT.

Em greve desde o dia 24 de maio, a categoria protestou contra a proposta de 1% de aumento salarial oferecida pelo patronato.

“A greve continua até que os patrões nos ofereçam uma proposta decente. Não teremos condição de discutir um reajuste de 1%”, disse o presidente do sindicato.

As duas manifestações causaram lentidão nas ruas do Centro da cidade. Agentes da Superintendência de Trânsito (Transalvador) tiveram de intervir para orientar os trabalhadores a ocupar apenas uma via da pista. Isso deixou o tráfego de veículos intenso.

Transtornos

Os atendimentos em agências bancárias, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e em museus do estado estão comprometidos por causa da paralisação, que, segundo o Sindivigilantes, teve adesão de 65% dos trabalhadores.