“O presidente resolveu partir para o ataque”, diz Cláudio Cajado

O pronunciamento do presidente Michel Temer (PMDB) feito na tarde dessa terça-feira (27) foi agressivo e demonstrou um tom de indignação, avaliou o deputado federal Cláudio Cajado (DEM), em entrevista ao programa Baiana Livre, com Carlos Alberto de Oliveira, Cristóvão Rodrigues e Fernanda Cruz, desta quarta-feira (28). Segundo o parlamentar, a intenção do presidente foi se defender das acusações de obstrução da justiça no caso JBS.

“O presidente mostrou estar bastante indignado e resolveu partir para o ataque como uma também de se defender. Eu não li a peça acusatória de Janot. Nós iremos avaliar o que está contido nessa peça acusatória, os argumentos da defesa do presidente, e sei que no momento certo de poder ter um posicionamento após a discussão inicial na comissão de constituição e justiça, cada deputado será instruído a dar o seu voto a respeito do prosseguimento da ação contra o presidente da República”, avaliou Cajado.

Para o parlamentar, os opositores de Temer estão reforçando as articulações na intenção de conquistar votos para prosseguir com o processo de impeachment do presidente. “O que estamos percebendo claramente, é que existe uma condição politizada, onde você tem quem vai votar contra e quem vai votar a favor de Temer. Hoje a sinalização é que apesar das articulações, o presidente mantém o apoio dos deputados para continuar no poder”, declarou.

Candeias

Questionado sobre o projeto de emenda parlamentar para realização das obras de pavimentação da Avenida Wanderley de Araújo Pinho, o deputado reafirmou durante a entrevista que o projeto está em fase de anuência da Ferrovia Atlântico Sul.

“O prefeito me ligou para tratar dessa questão da Wanderley de Araújo Pinho, onde estou dando todo o apoio através do meu gabinete para que possamos obter esse convênio iniciado. O que acontece é que houve uma perlonga muito grande para ser analisada pela caixa econômica e agora estamos a aguardando apenas a anuência da Ferrovia Atlântico Sul. Contudo, por ser uma obra de 2015, existe um decreto que faz com que ela, a partir do dia 30 junho seja cancelada. Nós estamos lutando para que seja prorrogado até dezembro”, finalizou o deputado.