Não à toa, Adriano Alves Silva, de 27 anos, o Secão, estava na lista dos criminosos mais procurados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Dois de Ouros do Baralho do Crime, ele é apontado pela polícia como autor de, pelo menos, dez assassinatos, sendo três em Salvador e os demais na região de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano.
Em depoimento à polícia, Adriano afirmou ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). No entanto, investigações das polícias Civil e Militar revelam que ele faz parte da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM).
“Dentro da facção, Secão atuava principalmente com execução. Ele é um dos principais executores do grupo”, afirmou o delegado Guilherme Machado, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/ Central), do Departamento de Homicídios (DHPP).
Adriano foi preso no último domingo (20) em um bar, às margens da BA-878, no distrito de Acupe, em Santo Amaro. A prisão foi feita por policiais do Pelotão Especial Tático Ostensivo (Peto) da 20ª CIPM (Santo Amaro) em cumprimento a um mandado de prisão temporária pelo homicídio de Messias da Páscoa Freitas, ocorrido em novembro de 2015, no bairro de Pau da Lima, por rivalidade.
Entre as vítimas de Adriano estão o pai de santo Carlos Henrique, o Carlinhos, e um homem de prenome Darlan. Eles foram mortos em um matagal no distrito de Saubara, em Santo Amaro, no mês passado.
Decapitado
O corpo do pai de santo foi encontrado decapitado, segundo o major Mello Neto, comandante da 20ª CIPM. “Acredito que o pai de santo estava no lugar errado e na hora errada. Ele não tinha antecedentes criminais”, afirmou o comandante.
De acordo com ele, Adriano tem costume de cortar três dedos de suas vítimas. “Pelo que investigamos até agora, isso representa a facção da qual ele faz parte, o BDM”, explicou o major Mello Neto.
Em depoimento à polícia, Adriano afirmou que as execuções foram ordenadas por Israel Jesus Souza Santos, o Coroa, que está no sistema prisional.