Ex-presidente da Caixa e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda é suspeito de receber propina enquanto estava no banco público. A afirmação consta no relatório de auditoria externa contratado pelo Banco Central sobre os vices-presidentes da instituição financeira.
De acordo com o documento, Marcos Vasconcelos, ex-vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros (Viter) do banco, teria recebido “vantagens” em troca da aprovação de operação financeiras da RB Capital, Rumo Logística e LLX. As “vantagens” teriam sido repassadas também a Hereda.
Além disso, outro ex-presidente do banco, que não foi identificado no documento, relata ter sofrido pressão de Eduardo Cunha. Após encontros com o emedebista, o ex-presidente queixou-se, então, a Hereda, que o orientou a procurar o então vice-presidente Michel Temer.
Em julho do ano passado, Hereda prestou depoimento à Justiça Federal e disse também ter sofrido pressão por parte de Cunha. Ele afirmou que, em reunião com Cunha na Câmara, em 2014, o então deputado avisou que o convocaria a depor na CPI da Petrobras se projetos de seu interesse não recebessem financiamento com celeridade, antes dos referentes à estatal.