Justiça determina perícia em cela de Geddel por excesso de remédios

Com informações do Bahia. BA e G1 / Foto: Reprodução

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso no Complexo da Papuda desde 2017, recusou-se a se submeter a uma perícia determinada pela Justiça Federal após a vigilância da prisão encontrar excesso de medicamentos em sua cela em abril deste ano.

Em decisão do dia 5 de junho, a juíza Leila Cury relata que mandou apurar “situação fática envolvendo o preso provisório Geddel Quadros Vieira Lima, o qual teria ingerido vários medicamentos e, por isso, estaria se portando de maneira estranha”.

Segundo a juíza, a vigilância do CDP (complexo penitenciário) localizou na cela de Geddel diversos medicamentos, como: Nexium 40mg (65 comprimidos); Diazepam 5mg (8 comprimidos); Valium 10mg (4 comprimidos); Hermitartarato de Zolpidem 10 mg (2 comprimidos); Lexapro 10 mg (46 comprimidos); Lexapro 20mg (18 comprimidos); Cewin 500mg (13 comprimidos); Oxalato de escitalopram 20mg (29 comprimidos); Carbamazepina 200mg (10 comprimidos); Tylenol (04 comprimidos); Iboprufeno (07 comprimidos); 01 pomada Trafic e 01 receituário médico.

A juíza, então, determinou que se instaurasse “procedimento destinado a apurar as circunstâncias em que os medicamentos chegaram às mãos do encarcerado”. E determinou o “encaminhamento do custodiado ao IML para submissão a exame pericial”.

Geddel, no entanto, recusou-se a ser submetido a perícia, por “determinação” de seu advogado.

Indagado pela juíza, o perito do presídio afirmou “que o uso de todas as medicações apreendidas não é recomendada”.

“Em continuação, o ilustre perito signatário do laudo e seu aditamento afirmou que ‘se todas essas substâncias forem ingeridas em sua totalidade (todos os comprimidos encontrados de todas as substâncias), poderia causar a morte do periciando’.