Camaçari: Polo perdeu R$ 86 milhões só com navios atracados em 2017

Com informações do Correio da Bahia ( Foto: Reprodução)

O Polo de Camaçari fará aniversário no próximo dia 29 com um número que entrega a falta de infraestrutura no estado com a qual tem a indústria tem convivido nas últimas quatro décadas. No ano passado, o complexo perdeu pelo menos R$ 86 milhões com o pagamento de estadias de navios internacionais no Porto de Aratu, o qual não tem a devida capacidade de escoamento da produção, como explica o superintendente geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Mauro Pereira.

“O Porto de Aratu, por exemplo, é muito deficiente. Ele não tem condições de carregar ou descarregar muitos navios. E quando um navio fica muito tempo parado, a gente tem que pagar estadia. Esse dinheiro que se perde encarece muito os produtos e faz com que a gente não consiga competir com outras empresas”, pontua ele.

Diante desse quadro, o complexo industrial pagou R$ 95 mil pela diária de cada navio atracado no porto, em 2017. O superintendente destaca como principais problemas no momento vivido pelo Cofic, além dessa falta de infraestrutura no porto, a ausência de uma ferrovia no estado, a questão da matriz enérgica e a alta carga tributária.

Durante sessão especial em homenagem aos 40 anos do Polo, na manhã desta segunda-feira (18), Pereira falou sobre os desafios que a indústria baiana enfrenta com a falta de infraestrutura. “Nesse aniversário do Polo, temos grandes planos para atingir. Queremos fazer com que o investidor nacional e internacional enxergue o Polo de Camaçari como uma oportunidade de investimento”, disse.

Presidente da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usoport), Paulo Villa afirma que o Porto de Aratu precisa de quatro novos berços – locais onde o navio atraca e faz a carga e descarga. “Todos os portos da Bahia precisam ser ampliados. O Porto de Aratu já está com a capacidade saturada há muito tempo”, conta ele.

Ainda segundo Villa, a falta de espaço para os navios retira a competitividade das empresas instaladas no Polo.