Sede do governo da Bahia é transferida para Cachoeira como marco do início do 2 de Julho

    Com informações do G1 Bahia ( Foto: Reprodução)

    A cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi transformada em sede do Governo da Bahia nesta segunda-feira (25), para simbolizar o dia em que moradores do local iniciaram as lutas pela Independência da Bahia, cuja batalha final ocorreu no dia 2 de Julho. A mudança da sede do governo foi aprovada pela lei 10.695, de 2007, e ocorre há 11 anos consecutivos.

    A cerimônia tem como objetivo reconhecer a importância do município nas batalhas travadas pela conquista da independência do Brasil, que tiveram início no dia 25 de junho de 1822.

    A secretária de Cultura, Arany Santana, representou o governo do Estado. A cerimônia contou com desfile cívico, honras militares e o ‘Te Deum’, ato religioso em memória aos que lutaram pela independência, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

    Muitas crianças e adolescentes participaram da cerimônia de hasteamento da bandeira.

    História

    A Independência do Brasil foi declarada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, no entanto, o exército português continuava resistindo e, por este motivo, dominava o território baiano, que declarou independência somente um ano depois, em 2 de julho de 1823.

    O processo de luta na Bahia representa o rompimento com a presença militar portuguesa, de acordo com o historiador Ricardo Carvalho, da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “O fator determinante para o início da luta está ligado ao fato de que as tropas portuguesas instaladas na Bahia não aceitaram a tutela de Dom Pedro I após a declaração unilateral de independência”, explicou, em entrevista concedida em julho do ano passado.

    A batalha pela independência consolidou o nome de Joana Angélica e outras personalidades que participaram dos conflitos que resultariam na derrota portuguesa. Os personagens ficaram conhecidos como “heróis da independência”. “São a expressão dos vários setores que lutaram. O Corneteiro Lopes é a alma irreverente do baiano. Maria Quitéria, que considero a mais ‘útil’, a nossa coragem de transgredir, e Joana Angélica responde ao nosso lado místico”, relatou.