MPF investiga prefeito por supostos crime de responsabilidade

A doação de um patrimônio público avaliado em R$ 1,2 milhão no município de Juazeiro, no Norte baiano, é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o órgão, o caso envolve o prefeito Paulo Bonfim (PCdoB) e será apurado no 1º Ofício de Tutela Coletiva e Criminal de Petrolina (PE) pela procuradora Mara Elisa de Oliveira.

A denúncia enviada ao MPF pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) acusa o gestor da cidade dos crimes de responsabilidade e improbidade administrativa por supostamente dissimular a transação para conter um rombo no Instituto de Previdência dos Servidores de Juazeiro (IPJ) instalado desde a administração anterior, de Isaac Carvalho (PCdoB).

Em nota encaminhada à imprensa, Aleluia ressalta que “a conduta adotada por Paulo Bonfim e Isaac Carvalho pode ser enquadrada como crime de apropriação indébita previdenciária, com previsão de pena de 2 a 5 anos e multa”.

No início do mês, por meio da assessoria, o comunista já havia se defendido das acusações do democrata e chamado a denúncia feita por ele de fake news.

Acompanhe a nota na íntegra:

Sem votos e sem jamais ter trabalhado por Juazeiro, o deputado José Carlos Aleluia tem ultimamente tentado criar polêmicas com o prefeito Paulo Bomfim, numa busca desesperada por holofotes.

Na falta do que fazer, Aleluia aderiu à onda das Fake News. Desta vez, porém, perdeu completamente a noção do ridículo e resolveu perseguir os servidores públicos municipais ativos e aposentados. Ele não quer a construção da sede própria do IPJ.

O ato de doação da área que abrigará a sede do Instituto de Previdência de Juazeiro é completamente legal, tendo sido aprovado na Câmara de Vereadores. Um ente público, a Prefeitura Municipal de Juazeiro, fez o repasse do espaço que abriga um prédio sem utilização para que o IPJ, que hoje funciona em um local alugado, construa a sua sede própria.

Acostumado a escândalos envolvendo seu nome, Aleluia frequentou os relatórios da CPI dos Anões do Orçamento em 1993. O DEM, naquela época, chamava-se PFL. Mudou o nome, mas a essência continuou a mesma.

À época, ele foi denunciado por José Carlos Alves dos Santos (funcionário do Congresso, e pivô do escândalo) como um dos deputados a desviar recursos do Orçamento. Nas deleções da Odebrecht, Aleluia também é acusado de receber caixa 2.

O aliado de Michel Temer jamais fez nada por Juazeiro, e poderia tentar aparecer de outra forma. Uma sugestão seria destinar recursos para a cidade, onde jamais colocou um real de investimentos.

Ascom/PMJ