Inquérito contra Temer causa atritos na polícia

Com informações do Estadão

Na decisão em que permitiu, no fim de junho, a prorrogação do Inquérito dos Portos, o ministro Luís Roberto Barroso foi específico. “Autorizo o delegado Cleyber Malta Lopes a prosseguir com as diligências de investigação”, escreveu. A menção ao nome do delegado, pouco usual, não passou despercebida dentro da PF e foi vista como uma blindagem para evitar sua substituição no caso. A Coluna apurou que há divergências internas sobre a forma como Lopes conduz a investigação, que tem como principal alvo o presidente Michel Temer. O que mais chamou a atenção na PF foi o ministro ter citado no despacho o Parágrafo 4.º da Lei 12.830/2013, pelo qual um delegado só pode ser substituído no inquérito se o superior hierárquico fundamentar a decisão, apontando interesse público ou falhas na investigação.