Em debate, Haddad e Bolsonaro são alvos de ataques dos adversários

Com informações do Metro1 ( Foto: Reprodução)

O sexto e penúltimo debate eleitoral com os candidatos à Presidência da República, realizado ontem (30) pela Record TV, foi marcado pelo retorno dos ataques ao postulante Jair Bolsonaro (PSL).

O capitão da reserva, que recebeu alta hospitalar no último sábado (29), não compareceu ao encontro por recomendação médica. No entanto, a liberação do deputado fez com que os demais presidenciáveis se sentissem à vontade para criticá-lo de forma mais incisiva.

Participaram do encontro os postulantes Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Os ataques mais duros a Bolsonaro vieram de Ciro e Marina. A candidata da Rede disse que as declarações do presidenciável do PSL sobre possíveis fraudes nos resultados das eleições indicariam que ele está com medo de perder a disputa. Já o pedetista cobrou indiretamente a presença do capitão reformado. “Está de alta, mas ele não veio. Eu no outro debate vim com a sonda pendurada na perna, em respeito à sociedade brasileira”, disse Ciro, que compareceu ao debate anterior logo após uma cirurgia na próstata.

O petista Fernando Haddad também foi um dos principais alvos. Álvaro Dias chegou a citar uma reportagem da revista Isto É que aponta uma suposta participação de Lula em decisões de repasses de recursos para aliados. Haddad pediu direito de resposta, mas a solicitação foi negada. Já Guilherme Boulos criticou as articulações do petista com o MDB durante a campanha eleitoral.

Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes voltaram a reforçar o discurso contra a polarização. Em suas falas, os três candidatos apresentaram o PT e Bolsonaro como dois extremos do radicalismo e convocaram os eleitores a escolher uma terceira via.

O último debate entre os presidenciáveis acontece nesta quinta (4), na TV Globo.