O Ministério Público Eleitoral (MPE) vai investigar possíveis candidaturas “fantasmas” de mulheres para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. A suspeita é que alguns partidos ou coligações tenham lançado postulantes femininas apenas para cumprir a cota de 30% de mulheres nas chapas proporcionais. Tanto na disputa pelo Legislativo estadual quanto pelo federal, as dez candidaturas com menor número de votos são mulheres. Para deputado estadual e federal, as candidatas menos votadas tiveram apenas três apoios cada. Elas também não tiveram gastos de campanha.
O chefe do MPE, Cláudio Gusmão, afirma que está aguardando dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para iniciar a apuração. Segundo ele, três indícios podem apontar para candidaturas fantasmas: votação zerada ou próxima de zero; nenhum gasto de campanha; e sem aparição na propaganda de TV e rádio. “A partir daí, vamos, por amostragem, escolher duas ou três mulheres e pedir para que elas venham à Procuradoria”, disse.