Mulher de Eduardo Cunha é hostilizada no Farol da Barra e vai à delegacia

Com informações do A Tarde e Correio

A mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), que está preso, a jornalista Cláudia Cruz registrou um boletim de ocorrência após ser recebida aos gritos de “golpista” e “esposa de golpista” na tarde de segunda-feira (15), quando passeava pelo Farol da Barra, em Salvador. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA) na tarde desta terça-feira (16). Conforme o órgão, a agressora, que não teve a identidade revelada, foi conduzida pela Polícia Militar (PM) à 14ª Delegacia Territorial (DT/Barra) e autuada por injúria.

De acordo com a delegada Carmen Dolores, a ocorrência foi registrada em forma de Termo Circunstanciado (TCO), utilizado para crimes de menor potencial ofensivo, às 15h, quando as duas chegaram à delegacia. Os ataques ocorreram meia hora antes.

Ainda segundo a delegada, Cláudia estava acompanhada da mãe, Neide Cordeiro Cruz.

Em depoimento, Cláudia Cruz informou que tirava fotos do Farol, ao lado da mãe, quando foi xingada. Ela acionou os militares, que, diante da situação, encaminharam o caso para delegacia.

Condenação

A jornalista foi condenada por dois dos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), dentro da Lava Jato, a 2 anos e 6 meses de prisão por evasão de divisas. Na primeira instância da Justiça, ela foi absolvida pelo juiz Sergio Moro.

A mulher do ex-parlamentar foi acusada pelo Ministério Público Federal de ter recebido parte da propina paga ao ex-presidente da Câmara por contratos firmados pela Petrobras. O dinheiro teria sido depositado em uma conta secreta de Claudia Cruz na Suíça.

Ela aguarda o cumprimento da pena em liberdade devido a dois recursos (embargos infringentes e de declaração) que tem direito, uma vez que a condenação não foi por unanimidade.