Bahia registra aumento de 94% dos casos de dengue em 2019

    O número de casos de dengue na Bahia, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, cresceu 94,1% em 2019, segundo o balanço da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), divulgado nesta quinta-feira (24). No mesmo período do ano passado, o estado registrou 204 casos. 

     De acordo com a Sesab, do dia 1º até o dia 18, foram notificados 400 casos da doença em 55 municípios baianos. Por conta do risco de surtos e epidemias, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) divulgou um alerta para os municípios.

    As orientações, além de contemplar os casos de dengue, inclui as outras arboviroses  (Zika e Chikungunya) também transmitidas pelo Aedes aegypti. Entre as recomendações da Divep voltadas para as equipes de saúde estão:  alertar os profissionais para suspeição dos sinais e sintomas compatíveis com as arboviroses, bem como mobilizar equipes de saúde para medidas de prevenção e controle.

    Além disso, o alerta ressalta a necessidade de  fortalecer e alinhar comunicação entre as equipes de atenção à saúde, vigilância epidemiológica e controle vetorial; intensificar as ações de controle vetorial nas áreas com registro de casos suspeitos ou confirmados de arboviroses e/ou elevados Índices de Infestação Predial  (IIP); monitorar semanalmente os casos, mapeando áreas de risco e adotar medidas de controle capazes de reduzir o número de casos

    Também será intensificada a capacitação dos profissionais de saúde da rede pública a fim de aperfeiçoar o diagnóstico difetencial para zika em gestantes, priorizando as coletas de amostras nos cinco primeiros dias.

    Combate ao mosquito

    No final de dezembro de 2018, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia distribuiu 7.400 kits  para serem utilizados pelos agentes de controle de endemias dos 417 municípios.

    Com investimento superior a R$ 2,6 milhões, cada kit é composto de 26 itens, como pesca larva, pipetas de vidro, tubos de ensaio, álcool, esponja, lanterna de led recarregável, bacia plástica, dentre outros materiais. “Os agentes de controle de endemias têm um papel fundamental na eliminação de focos do Aedes aegypti, pois na visita aos imóveis, eles eliminam criadouros, orientam moradores e realizam mobilizações”, afirma o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

    O titular da pasta estadual da Saúde ainda  ressalta que “construir uma estratégia agressiva de combate ao mosquito e controle dos agravos é fruto de um esforço conjunto do poder público, empresas e sociedade em geral, visto que mais de 80% dos focos estão dentro das casas”.

    Definição de “caso suspeito” para cada uma das arboviroses:

    Dengue:  Pessoa que more ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo o transmissão de dengue ou tenha presença de Aedes aegypti, que apresente febre, normalmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: vômitos, exantema, mialgias, cefaleia, dor retro orbital, prova do laço positiva ou leucopenia.

    Chikungunya:  Febre de início súbito e artralgia ou artrite intensa com início agudo, não explicado por outras condições, que resida ou tenha viajado para áreas endêmicas ou epidêmicas até 14 dais antes do início dos sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com um caso importado confirmado.

    Zika: Pacientes que apresentem exantema maculopapular puriginoso acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais: febre baixa, hipermia conjuntival sem secreção e prurido; poliartralgia e edema periarticular.