Bares e restaurantes são flagrados com fraude de água

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Quatro bares e restaurantes situados no circuito do carnaval de Salvador foram flagrados com ligação clandestina de água, em mais uma operação de fiscalização realizada pela Embasa, com apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e Departamento de Polícia Técnica. As ações se concentraram no Circuito Dodô (Barra/Ondina) na manhã de ontem (20).

Três dos restaurantes, situados nas avenidas Sete de Setembro, Oceânica e rua Marques de Leão, estavam com a água cortada por falta de pagamento e reabriram clandestinamente a ligação. Um deles ainda estava usando uma mangueira para fornecer a água furtada para um restaurante vizinho. “A Embasa retirou as ligações clandestinas e realizou procedimentos técnicos para dificultar o restabelecimento das fraudes”, contou o gerente comercial da empresa, Israel Martins.

O quarto estabelecimento, na Avenida Oceânica, estava com a conta em dia e aparentemente regular. Porém, durante a inspeção, uma surpresa: foi encontrada uma pequena haste no hidrômetro, para fraudar a medição. “No sistema comercial da Embasa, este imóvel registrava um consumo abaixo do esperado”, informou Israel.

A ação da Embasa ocorreu em um momento de forte presença da empresa no circuito do Carnaval, onde vem realizando serviços de adequação da infraestrutura das redes de água e esgoto em preparação para a festa popular. “Agora a expectativa é que essas empresas se apressem para regularizar a sua situação junto à Embasa, pois ficar sem água durante o Carnaval, certamente, vai significar grandes prejuízos”, destacou Mário Borges, supervisor de Grandes Consumidores da Embasa.

Durante as inspeções, provas foram coletadas pela polícia técnica para serem utilizadas em cada inquérito policial. Os responsáveis pelas fraudes serão intimados a prestar esclarecimentos na 14ª Delegacia Territorial de Polícia, na Barra. O furto de água é qualificado como crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa.