Em jantar, Maia e lideranças falam sobre ‘baixar temperatura’ da crise política

Com informações do Estadão

Brasília - O presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, dão entrevista após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na residência oficial da Câmara.(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lideranças do Centrão decidiram tentar “baixar a temperatura” da crise instalada entre o Executivo e o Parlamento nos últimos dias. A conversa ocorreu em um jantar realizado no domingo na residência oficial de Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente da Câmara quer acalmar os ânimos e seguir com os trabalhos para a aprovação da reforma da Previdência. Maia é defensor do projeto independentemente do governo, mas avalia que tinha assumido uma obrigação que não é de sua competência, que é de arregimentar votos para sua aprovação. “Esse é o trabalho dos líderes do governo”, disse um interlocutor. “Maia não tem essa responsabilidade institucional”, afirmou.

Durante o jantar, os parlamentares conversaram sobre o decreto de Bolsonaro que isentou norte-americanos de visto para entrar no Brasil. Na semana passada, um grupo ameaçava retaliar o governo com a aprovação de um projeto que anularia este decreto de Bolsonaro. Segundo um líder, Maia sugeriu que essa estratégia fosse abandonada, justamente para acalmar os ânimos. No entanto, esse recuo ainda não é consenso entre os líderes. Eles devem ainda bater o martelo sobre essa questão no início da semana. Em entrevista ao Estado no fim de semana, Maia disse que o governo não tem projeto para o País além da reforma da Previdência, fez várias críticas e advertiu que o presidente Jair Bolsonaro precisa deixar o Twitter de lado, além da “disputa do mal contra o bem”, e se empenhar para melhorar a vida da população.