No Senado, Moro nega ‘conluio’ com MP e sugere que parlamentares foram hackeados

Com informações do BN/ Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública para ouvir o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, sobre informações e esclarecimentos a respeito das notícias veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato.rrEm pronunciamento, à mesa, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.rrFoto: Geraldo Magela/Agência Senado

Ao prestar esclarecimentos na manhã desta quarta-feira (19) no Senado Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz Sergio Moro, negou que tenha feito “conluio” com o Ministério Público. Ele disse que foi vítima de hackear e que parlamentares também podem ter sido alvos.

O ministro negou a versão de que um “procurador da República traidor” divulgou as mensagens. Para ele, “existe um grupo criminoso organizado por trás destes ataques”, ao dizer que não usa o Telegram (aplicativo que teria sido hackeado) desde 2017.

Moro argumentou que é “muito comum” e “acontece a todo o momento” juízes conversarem com integrantes do Ministério Público, policiais e advogados. Segundo ele, não houve “convergência absoluta” entre o MP e ele na operação Lava Jato, ao citar casos em que recusou pedidos de procuradores.

O ministro criticou o The Intercept Brasil, que divulgou as mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, por noticiar sem o consultar previamente. Para ele, houve uma violação à “regra básica do jornalismo”.  Ele também atacou o site ao afirmar que as reportagens estão “repletas de sensacionalismo”. Segundo ele, as mensagens “podem ter sito total ou parcialmente adulteradas”.