ACM Neto não descarta assumir a presidência nacional do DEM

Com informações da Tribuna da Bahia ( Foto: Reprodução)

Questionado sobre os rumos de seu partido, o Democratas, para 2018, o prefeito ACM Neto (DEM) não negou a possibilidade de assumir o comando da legenda em nível nacional, mas afirmou que qualquer decisão sobre as mudanças, que incluem um novo nome, só será conhecida em fevereiro, para quando foi adiada a convenção democrata. “Houve uma decisão consensual para adiar a convenção do Democratas. Nós precisávamos ainda fazer alguns ajustes na comissão executiva que vai dirigir o partido a partir do próximo ano. Houve um debate final sobre dois temas da atualização programática, o que nos fez tomar uma decisão que não traz nenhum prejuízo ao partido, de adiar a convenção para 6 de fevereiro. Não posso nem devo antecipar o que vai ser a próxima executiva, porque ainda estamos conversando e analisando quais são os prós e os contras e quais são as alternativas que nós temos”, disse Neto, em entrevista coletiva ontem, na cerimônia de 20 anos da Controladoria Geral do Município (CGM).

“Posso dizer que o partido caminha para se fortalecer. Fomos em 2014 uma das menores bancadas da Câmara, com 20 deputados, e hoje já temos 30, e mais oito já confirmaram sua filiação. Vamos para 38. Devemos chegar a 50 deputados até 7 de abril, que é o prazo de mudança de partido para quem vai disputar a eleição do próximo ano. O Democratas está decidido a crescer, o Democratas quer lançar candidato próprio a presidente da Republica, temos dito isso categoricamente. Agora, esses ajustes finais da direção vão ser feitos ate 6 de fevereiro. Não trabalho com especulações”, prosseguiu o prefeito, no intervalo da cerimônia que aconteceu no Sheraton Hotel da Bahia, no Campo Grande, em Salvador.

O prefeito criticou de forma indireta Lula, o PT e seus aliados por reclamarem de que o processo que pode tornar o ex-presidente inelegível está correndo rápido demais. Questionado pela Tribuna, ACM Neto afirmou que “a Justiça deve ser célere para todos”. “Eu vejo, ao contrário, que há no Brasil um desejo do cidadão por maior celeridade da Justiça. Nunca vi você pretender atrasar, protelar ou postergar. Quem quer trabalhar com postergação é porque não está de bom direito, tem algo a esconder. Eu não tenho nenhum elemento para dizer que é célere ou não é célere, mas acho que no Brasil a Justiça tem que ser cada vez mais célere”. O democrata falou também sobre o adiamento, na Câmara dos Deputados, da votação da reforma da Previdência, que o governo queria apreciar ainda neste ano, mas acabou ficando para fevereiro, no retorno do recesso parlamentar (na Câmara e no Senado). ACM Neto afirmou que, hoje, o cenário é totalmente imprevisível.

“Estive em Brasília nesta semana para uma série de agendas de interesse do município e acompanhei o clima na Câmara e no Senado em torno deste assunto. É o principal tema hoje na pauta do Congresso Nacional. Parece que no momento ainda não existem os números necessários para a votação. É preciso pelo menos 308 deputados a favor por se tratar de uma emenda constitucional. Mas há um trabalho no sentido de ampliar essa base de votação até a retomada do Congresso em fevereiro. Como não tenho bola de cristal, não sei qual será o efeito do recesso parlamentar nessa matéria, se vão aumentar a adesão, viabilizando o número suficiente para aprovar, ou se vai pelo contrário, diminuir o apoio. Vai ser preciso esperar fevereiro chegar e o Congresso retomar os trabalhos para que a gente possa de fato ter alguma avaliação mais concreta sobre o que vai acontecer com a reforma da Previdência”.