Avaliados em R$ 2,5 mi, avião e veículos são apreendidos em operação contra desvio na Saúde

Com informações do G1 Bahia ( Foto: Reprodução)

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (20), um mandado de sequestro de bens, decorrente da Operação Copérnico, deflagrada em 2016, que investiga os crimes de desvio de verbas na saúde, fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, foram recuperados veículos e aeronave, que estão avaliados em R$ 2, 5 milhões, como forma de ressarcimento à União pelos prejuízos causados com o desvio de verbas e a fraude. A polícia informou que o mandado foi cumprido em Salvador, mas não informou qual o local e a quem pertenciam os bens.

Operação

A segunda fase da operação “Copérnico” foi deflagrada no dia 21 de setembro de 2016. De acordo com a PF, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva no município de Iramaia, na região da Chapada Diamantina. Durante a ação, bens cuja avaliação inicial varia entre R$ 150 mil e R$ 200 mil e quatro armas sem registro foram apreendidos.

Conforme a PF, o objetivo da 2ª fase da operação foi identificar e apreender bens para ressarcir a União dos prejuízos causados pelo desvio. Os bens não estavam registrados em nome do líder da organização criminosa, embora a ele pertencessem, informou a PF.

A primeira fase da ação ocorreu em julho do ano passado. Na ocasião, a Polícia Federal descobriu que a organização criminosa usava “laranjas”do Bolsa Família para criar entidades sem fins lucrativos e empresas fictícias, e assim firmar contratos de gerenciamento integral de hospitais, UPAs e centros de saúde.

O alvo da ação foi o líder do Instituto Médico Cardiológico da Bahia (IMCB), entidade sem fins lucrativos que administra cerca de 10 unidades médicas públicas nos municípios de Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Lauro de Freitas e Salvador.

Nas duas primeiras cidades, a PF afirma que foram comprovados desvios de R$ 70 milhões, entre os anos de 2012 e 2015, por meio da utilização de empresas fantasmas que eram geridas por motoristas da entidade e até mesmo beneficiários do programa Bolsa Família. O nome do preso não foi divulgado na época por questão de sigilo de investigação.