Candeias: Campanha “Respeita As Mina” alerta sobre a violência contra as mulheres

O Núcleo de Atendimento à Mulher (NAM) do município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, lançou nesta sexta-feira (15) a campanha “Respeita As Mina” para chamar atenção sobre violência contra as mulheres. A ação acontecerá durante os próximos quatro meses com uma série de palestras nas escolas, PSFs, Hospital, CRAS, CREAS, dentre outros órgãos. Promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM), a campanha foi lançada no Carnaval deste ano e visa conscientizar a população sobre a importância de combater a violência contra as mulheres.

De acordo com a Coordenadora do NAM, Glória Santos, o objetivo da campanha é conscientizar as mulheres sobre enfrentamento a violência e a importância de denunciar o agressor. “O evento tem como objetivo lançar a campanha com 120 dias de ativismo e enfrentamento a violência contra a mulher em Candeias”, disse.

Para a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira, a cultura machista é a principal causa de violência contra as mulheres. “A cultura é machista e a violência é decorrente dessa cultura machista onde a mulher é vista como propriedade do homem, na subordinação ao homem. Na verdade, estamos no século 21 e isso não é mais possível que seja aceito. A Maioria das violências como física, estupro, sexual e do feminicídio é decorrente do machismo, então quem mata é o machismo” pontuou.

Segundo a secretária, somente nos últimos seis meses, foram registrados 23 mil casos de violência contra a mulher. Entre as denúncias, o feminicídio contabiliza oito casos por mês, o que corresponde a dois casos de morte por semana.

“Duas mulheres morrem por feminicídio por semana e isso é quase uma guerra civil, é muita coisa. Se contar o tráfico de mulheres, que também tem municípios que são muitos destacados, como é o caso de Mata de São João, por causa da Praia do Forte no abuso crianças e adolescentes mulheres. Precisamos nos unir para superar isso”, relatou.