Carlos Martins defende eleição direta: “Temer não tem condições de governar”

O secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Carlos Martins (PT), lamentou em entrevista ao Baiana Livre desta sexta-feira (19) o cenário político do Brasil e considerou a eleição direta como medida para estabilizar o país. “A democracia tem caminhos. O Brasil está pagando um preço por ter escolhido um caminho fora do ambiente democrático. O presidente Michel Temer deveria renunciar imediatamente e convocar eleições diretas”, opinou.

Diante das acusações do presidente da República por parte dos donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, autorizando a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro, o secretário disse lamentar os fatos e afirmou que defende a convocação uma Assembleia Nacional Constituinte.

“Sou a favor das eleições diretas e a convocação imediata de uma Assembleia Constituinte. Defendo que seja feita imediatamente a reforma política, judiciária e tributária. Esses três caminhos são a solução para a crise”, comentou.

Martins também considerou que a população brasileira deve se mobilizar para pedir a renúncia do presidente da República, Michel Temer (PMDB).  ”A pressão vai aumentar, que seja a pressão parlamentar e a pressão das ruas, onde até aqueles que bateram panelas para a Dilma, estão envergonhados e eles têm uma missão a fazer. Há um clamor pelo país. Não resta outro caminho se não a renuncia do presidente”, disse.

Sobre a opinião do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), diante cenário político nacional, o secretário disse que o prefeito soteropolitano está sendo prejudicado por ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff (PT). “Todos que apoiaram o impeachment estão sendo prejudicados. Eles estão vendo cair todo um castelo de areia o que eles construíram. A democracia brasileira está ferida, onde todos serão prejudicados”, finalizou.

Sobre a caravana da Caravana da Justiça Social em Candeias, o secretário afirmou que o objetivo do evento é desenvolver ações de sensibilização contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, além de oferecer serviços para a cidadania. “Estamos trazendo serviços para região para mostrar a presença do Estado para fortalecer a cidadania da população candeense”, reiterou.