Com corte de verbas, Unilab suspende auxílios a ingressantes em 2017.2 e 2018.1

Com informações do BN

Com contingenciamento de verbas imposto pelo Ministério da Educação (MEC), a Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) não concederá auxílios aos estudantes que ingressarão no próximo semestre. Os benefícios recebidos são auxílio-financeiro, auxílio-alimentação e auxílio-moradia, que somados podem alcançar o teto de R$ 530. A medida, de acordo com reportagem do Bahia Notícias, afetará os estudantes asiáticos (do Timor-Leste, país do Sudoeste Asiático) e africanos, dos seguintes países: Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique.

A Unilab tem quatro campi: três no Ceará e um na Bahia, no município de São Francisco do Conde, no Recôncavo – neste último, 180 estudantes serão afetados, sendo 90 que ingressam no semestre 2017.2, que começará em janeiro de 2018, e 90 que começam as aulas no período 2018.1, em julho do mesmo ano. “Os auxílios não estão suspensos. Para quem já é estudante da Unilab e os recebe, estão mantidos, seja o estudante brasileiro ou estrangeiro. O que houve foi apenas um aditivo ao edital de seleção sinalizando aos próximos ingressantes que não haverá auxílios. O aditivo é uma sinalização, podendo inclusive ser temporário. Se a universidade conseguir recursos, os auxílios poderão ser concedidos aos futuros estudantes”, explica a Unilab.

Enquanto o problema não é resolvido, a universidade afirma que os alunos estrangeiros poderão pleitear bolsas de pesquisa, monitoria e extensão. Ainda em comunicado oficial, a universidade explica que existe um déficit nos recursos de assistência estudantil, que vem sido coberto pelo remanejamento de verbas destinadas a outros custos. “Para que se entenda a situação orçamentária, é preciso analisar os dados: o orçamento para a assistência estudantil em 2017 foi de R$ 8,5 milhões. De janeiro a junho, foram gastos R$ 6.575.796,51. Para atendermos a todos ainda este ano, serão necessários em torno de R$ 5 milhões além do já citado orçamento de 8,5 milhões. Todo esse déficit vem sendo coberto por verbas de investimento, remanejando-se do capital –  obras, equipamentos, sala de aula etc – para a assistência estudantil”, explica a instituição.

De acordo com a Unilab, 64% dos 3.613 estudantes matriculados em cursos de graduação recebem auxílios financeiros do Programa de Auxílio aos Estudantes (Paes), que atende estudantes com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. “Poucas universidades federais têm este percentual de estudantes assistidos”, aponta a nota, que cita ainda outras medidas de apoio aos estudantes, como restaurante universitário, atenção à saúde e atendimento psicossocial.