Depoimento de Marcelo Odebrecht agrava situação de Padilha

Rio de Janeiro - O ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha fala durante cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária da capital. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O depoimento de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolvendo Eliseu Padilha em tratativas para repasse de recursos para a campanha eleitoral de 2014 complicou ainda mais a situação do ministro-chefe da Casa Civil, que está de licença médica.A permanência do peemedebista no governo é considerada incerta, apesar de assessores afirmarem que o ministro volta ao cargo na segunda semana de março. Padilha já enfrentava desgaste após o depoimento espontâneo do amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes, ao Ministério Público Federal.

O advogado afirmou ter servido de “mula involuntária” do ministro ao receber, em 2014, um “pacote” do lobista Lúcio Funaro, investigado pela Lava Jato.Na segunda-feira, dia 27 de fevereiro, Padilha foi submetido, em Porto Alegre, a uma operação para retirada da próstata. A pressão no Planalto pela saída do chefe da Casa Civil aumentou e o nome do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, passou a ser cogitado para o cargo. Ele ocupou o posto no governo Fernando Henrique Cardoso. No governo Temer, Padilha é o fiador da reforma da Previdência, uma das mais importantes bandeiras do Planalto, e tem papel importante na articulação política com o Congresso.