Maia oferece café da manhã a Temer, ministros e deputados para discutir versão enxuta da reforma da Previdência

Com informações do G1 Bahia ( Foto: Reprodução)

Engajado na nova mobilização do governo federal para tentar aprovar a reforma da Previdência Social, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), organizou na manhã desta quinta-feira (9) um café da manhã em sua residência oficial para voltar a discutir com o presidente Michel Temer, ministros e deputados a elaboração de uma versão enxuta da proposta que altera as regras previdenciárias.

Após provocar uma instabilidade no mercado por conta da sinalização do início da semana de que havia “jogado a toalha” em relação à reforma, Temer voltou a articular nesta quarta (8) a aprovação do pacote de mudanças previdenciárias. Em um mesmo dia, o presidente da República coordenou duas reuniões com aliados e auxiliares para tratar do assunto.

O café da manhã desta quinta é mais um desdobramento deste esforço do Palácio do Planalto para evitar o sepultamento da reforma, tratada no início do mandato de Temer como uma das prioridades da gestão peemedebista.

O presidente da República chegou à residência oficial da Câmara por volta das 8h55. Naquele momento, já o aguardavam na casa de Rodrigo Maia, entre outros, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Nesta quarta, Arthur Maia declarou que está disposto a modificar o texto para o projeto ser aprovado, mas ressaltou que não abrirá mão da idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres para aposentadoria. O relator também disse esperar que o tema seja votado no plenário da Câmara até 15 de dezembro.

A novela da reforma

A reforma foi enviada por Temer ao Congresso em dezembro do ano passado e, em maio, a comissão especial que discutiu o tema aprovou o relatório de Arthur Maia. No entanto, no mesmo mês, a revelação do conteúdo das delações premiadas dos executivos do grupo J&F travou a tramitação da reforma na Câmara.

Desgastado e acuado pelas denúncias dos irmãos Batista, Temer perdeu força no parlamento e teve que concentrar energias e recursos para se manter à frente do Palácio do Planalto.

Além disso, a aproximação do ano eleitoral intensificou a falta de comprometimento dos parlamentares governistas com a proposta que altera as regras previdenciárias, tema espinhoso para defender em uma campanha eleitoral.