O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (6), que “uma denúncia contra o presidente é grave” e que tem a “intenção” de votar a admissibilidade do processo de investigação contra Michel Temer ainda antes do recesso parlamentar de 17 de julho. Para Maia, que é o primeiro na linha sucessória presidencial, é preciso votar a acusação contra Temer o mais rápido possível, assim que ela sair da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. “O Brasil não pode ficar 15 dias em suspense se a Câmara vai ou não aceitar essa denúncia. A minha intenção é votar antes do recesso”, disse a jornalistas na Argentina, para onde foi nesta quinta-feira, 6, em viagem oficial. A pressa, segundo o deputado, seria para não atrasar ainda mais a votação das reformas. O parlamentar não quis se posicionar quanto às denúncias contra o presidente, mas disse que “ela tem que ser respeitada” e que ainda vê o governo com uma base forte “vejo uma grande diferença no caso presidente Temer e a presidente Dilma, que ela não tinha uma boa relação com o Parlamento e o presidente tem uma ótima relação e isso pode influenciar na hora da votação”, comparou. No entanto, Maia também negou os últimos rumores de que ele teria dado um passo atrás em seu apoio a Temer por conta da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Eu sei reconhecer aqueles que me colocaram na posição que eu estou. O presidente Temer foi fundamental na minha segunda eleição. Tem sido um parceiro importante da Câmara de Deputados na agenda que propôs que nós temos muita convergência”, afirmou.
Maia quer votação antes do recesso parlamentar
Com informações do Estadão/Foto: Câmara dos Deputados