Mariz deixa defesa de Temer por “conflito de interesses”

Com informações do Estadão/Foto: Estadão

O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira decidiu renunciar à defesa do presidente Michel Temer. A decisão já havia sido comunicada sexta-feira (15), durante reunião em São Paulo na casa do presidente. O motivo da saída de Mariz é o conflito de interesses. O advogado já defendeu um dos delatores do presidente, o doleiro Lúcio Funaro – suas revelações são peça importante na segunda flechada que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot lançou contra Temer, por organização criminosa e obstrução de Justiça. Mariz vinha atuando não só como advogado, mas também como conselheiro nas horas mais tensas do presidente, especialmente depois do início da ofensiva sem precedentes do procurador com base na delação premiada da JBS.

O advogado teve peso decisivo no triunfo alcançado por Temer para barrar a primeira flechada de Janot na Câmara – acusação de corrupção passiva. No Supremo Tribunal Federal, o advogado fustigou com veemência as incursões do procurador, de quem pediu a suspeição nas causas relativas a Temer. Mariz já havia alertado o presidente que não poderia ficar na defesa se houvesse uma segunda denúncia de Janot com base inclusive na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro.