Ex-presidente Dilma é intimada a depor como testemunha de Lula

A ex-presidente Dilma Rousseff - Pedro Teixeira / Agência O Globo 26/03/2018

Ela deverá falar a Moro no processo sobre o sítio de Atibaia

A ex-presidente Dilma Rousseff foi intimada nesta segunda-feira para depor no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por obras feitas no sítio de Atibaia pelas construtoras Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai. A intimação foi feita por um oficial de justiça do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e o depoimento está marcado para 25 de junho, às 14h, por viodeoconferência. A ex-presidente Dilma e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram arrolados como testemunhas pela defesa de Lula.

Na semana passada, com a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal de retirar das mãos do juiz Sergio Moro delações da Odebrecht — entre eles o empresário Emílio Odebrecht e o executivo Alexandrino Alencar, que falaram sobre o sítio de Atibaia — a defesa de Lula pediu que o processo fosse encaminhado para a Justiça paulista. Moro negou e decidiu que o pedido deve ser conduzido em recurso separado do processo.

O pedido já tinha sido feito há oito meses pela defesa de Lula, mas Moro não havia dado andamento, argumentando excesso de trabalho. Agora, Moro deu encaminhamento ao pleito, com abertura de prazo para manifestação da defesa e da acusação. O juiz ainda não se manifestou sobre o mesmo pedido — de transferência para a Justiça de São Paulo —- do processo que envolve vantagens pagas pela Odebrecht, como a compra de um prédio para o Instituto Lula, que nunca foi usado, e de uma cobertura vizinha à do ex-presidente, que Lula alega alugar de Glaucos Costamarques, primo de Bumlai.

Moro também deu andamento a outros sete depoimentos de parlamentares no processo do sítio, todos a pedido da defesa de Lula. As audiências estão sendo marcadas entre os dias 9 de maio e 20 de junho. Devem depor, entre outros, os senadores Lindbergh Farias e Humberto Costa e os deputados Carlos Zarattini e Arlindo Chinaglia Júnior.

Fonte: O Globo

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