Nº de demissões em junho ultrapassa em mais de 3 mil o de contratações na Ba; aponta Ministério do Trabalho

O número de demissões com carteira assinada na Bahia no mês de junho foi maior que o de contratações, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (20). O estado fechou o mês com 38.666 contratações e 41.763 desligamentos — saldo de negativo de 3.097 vagas.

No acumulado no semestre (janeiro a junho), no entanto, o cenário é diferente: o número de contratações foi de 269.697, enquanto o de demissões fechou em 255.878 no estado — saldo positivo de 13.819 vagas com carteira assinada.

Em Salvador, junho teve 13.699 admissões e 14.467 (saldo negativo de 768 postos de trabalho). No semestre, o saldo também é negativo na capital: 897 demissões a mais que o número de contratações.

Setores

Os números do governo revelam que, em junho, houve abertura de vagas em apenas quatro dos oito setores da economia em toda a Bahia. O comércio foi o setor que mais perdeu postos de trabalho: no mês passado foram fechadas 962.

Em contrapartida, o setor da indústria de transformação foi o que mais gerou emprego no mês: abriu 312 postos de trabalho formal.

  • Extrativa Mineral: abriu 196 vagas
  • Indústria de Transformação: abriu 312 vagas
  • Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP: abriu 51 vagas
  • Construção Civil: fechou 536 vagas
  • Comércio: fechou 962 vagas
  • Administração Pública: abriu 58 vagas
  • Agropecuária: fechou 369 vagas

País

Em todo o país, junho também finalizou com saldo negativo de 661 vagas de emprego: foram 1.167.531 contratações e 1.168.192 desligamentos. Foi o primeiro resultado negativo para um mês em 2018.

Quando o país cria vagas de trabalho em um determinado período, significa que as contratações superaram as demissões. Já quando fecha vagas, significa que as demissões superaram as contratações.

Em junho do ano passado o país havia gerado 9.821 postos de emprego formal e, em junho de 2016, haviam sido fechadas 91.032 vagas, segundo dados sem ajuste, ou seja, sem contar as declarações feitas fora do prazo.

No acumulado do primeiro semestre do ano, o Brasil gerou 392.461 empregos com carteira assinada. Já nos últimos doze meses, segundo o Ministério do Trabalho, foi registrada a criação de 280.093 postos de trabalho formais.

Em todo o ano de 2017, a economia brasileira fechou 20.832 postos de trabalho formais. Foi o terceiro ano seguido em que houve mais demissões do que contratações no país. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos.

Dados regionais

Segundo o governo, houve criação de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em quatro das cinco regiões do país em junho deste ano.

A região Centro-Oeste liderou, com a criação de 8.366 vagas formais, seguida pelas regiões, Sudeste (+3.612), Nordeste (+ 3.581) e Norte (+930).

A região Sul, por sua vez, fechou 17.150 postos de trabalho em junho.

Fonte: G1 Bahia

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