São F. do Conde: Ações de segurança pública são discutidas com os poderes municipal e estadual

Foto: Divulgação- PSFC

Ações de segurança pública para o município de São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador foram discutidas em uma reunião com representantes da Prefeitura, Polícia Militar, Polícia Civil e do Governo do Estado. O encontro, realizado na última terça-feira (6), no gabinete do prefeito Evandro Almeida, buscou definir metas e ações para combater a violência no município e a inclusão de jovens em programas sociais.

Segundo o prefeito, a adoção de políticas estratégicas são necessárias para garantir a segurança e promover o desenvolvimento social dos jovens. “Em termos de segurança pública, temos tido o cuidado de manter a limpeza das ruas, evitando matagais, e a iluminação pública em perfeitas condições. Também pretendemos aumentar o número de câmeras de monitoramento na cidade e cada vez mais ocupar o tempo dos nossos jovens com ações socioculturais e de protagonismo“, declarou o gestor.

Já o coordenador do Plano de Juventude Viva da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (SEPROMI), Cristiano Lima, disse que “a mesa de diálogo deve ser mantida e que este é apenas um passo para se avançar na segurança pública”. Para ele, “é preciso pensarmos no que já temos de ações para trabalharmos nos bairros mais periféricos. Precisamos montar uma rede de enfrentamento”, disse o representante da SEPROMI, após relatar o corte de verbas oriundos do Governo Federal, que vem dificultando novos investimentos.

Capitão Dantas, comandante do 4º Pelotão da CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), apresentou dados relacionados à violência no município, perpassando por pontos críticos de maiores incidências de criminalidade e atuação da PM.

Jabes Soares, coordenador de Políticas para a Juventude, representante do superintendente de Direitos Humanos, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia (SJDHDS), Emiliano José, afirmou que a violência deve ser discutida em todas as esferas sociais. “O problema da violência não é só um problema da polícia, é de toda comunidade. De acordo com o Mapa da Violência de 2016, se formos comparar algumas guerras que aconteceram no mundo, elas não vitimaram tantas pessoas quanto essa guerra velada que temos no Brasil, em consequência do racismo e das desigualdades que temos visto. O problema não será resolvido com o aumento do número de policiais nas ruas ou colocando armas nas mãos das pessoas, só será resolvido se garantirmos que essa mesa aqui se repita em vários outros lugares”, defendeu o coordenador.

Conforme o secretário Márcio Junqueira, da SDHCJ, novas mesas de debate serão realizadas com foco nessas ações. Além disso, inclusão de demais projetos de cunho social, educacional, cultural e esportivos estão sendo previstos pela gestão, bem como a implementação de leis municipais estão na perspectiva de enfrentamento à violência.