Debate na TVE: em primeiro bloco, candidatos miram em Bruno Reis e sobem tom de ataques

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O primeiro bloco do debate da TVE, exibido hoje (24), entre os candidatos a prefeito de Salvador, deu o tom de quase um mês de campanha política. Líder nas pesquisas eleitorais, o candidato governista Bruno Reis (DEM) foi o alvo principal dos postulantes ao Palácio Thomé de Souza, que fizeram diversas acusações contra a atual administração municipal.

O programa conta com a presença de Bacelar (Podemos), Bruno Reis (DEM), Celsinho Cotrim (Pros), Hilton Coelho (Psol), Major Denice (PT), Olívia Santana (PCdoB) e Pastor Sargento Isidório (Avante).

Hilton Coelho começou a artilharia contra o candidato do DEM e questionou se a gestão “vai continuar mentindo” sobre o desemprego na capital baiana.

“Combater o desemprego vai ser a prioridade nesse governo. Salvador ostentava a capital do desemprego, deixou para trás essa realidade. Fizemos investimentos de recursos públicos a diversas obras que geram emprego direto, lançamos vários programas que contratam diversas pessoas. Estamos gerando mais de 15 mil empregos diretos”, disse Bruno.

Questionado sobre habitação por Reis, Cotrim prometeu fazer “a maior revolução habitacional na cidade”. “Precisamos minimizar déficit habitacional de 80 mil moradias. Iremos implementar para regularizar o terreno da senhora e do senhor, para regularizar o comércio informal. Iremos construir um segundo maior conjunto habitacional da América Latina”, disse.

Bacelar criticou o número de analfabetismo na capital baiana e prometeu solucionar esse problema com educação em tempo integral.
“Há 300 mil jovens entre 13  a 29 anos analfabetos funcionais. A prefeitura não investe nesta área, pelo contrário, tem fechado classes de jovens e adultos. Como posso pensar Salvador na juventude no momento mais importante na sua vida, nem estuda  nem trabalha. Milhares de jovens sem acesso à educação e sem ao trabalho”, afirmou.

Em bate-bola com Denice, Bacelar acusou o atual prefeito ACM Neto de aplicar calote quem fornecia bens e serviços e criar um arrocho tributário. A candidata aproveitou também para atacar a administração e chamou de “política perversa” a atual política tributária.
“A prefeitura nos últimos anos praticou perversidade, aumentando o IPTU, demorando mais de um ano para libera alvará”, pontuou.
Em outro bate-bola, Olívia e Isidório atacaram o serviço de transporte municipal em Salvador, e citaram a recomendação do Ministério Público da Bahia para que o Executivo municipal retome 100% da frota de ônibus. Isidório, inclusive, acusou a prefeitura de proteger os empresários de empresas de ônibus.

“Essa perversidade que está sendo feita. Não preciso ser catedrático, ser doutor, para saber a perversidade que está sendo feita. É socavo na cara do outro. As frotas foram ficando na garagem. Temos 60% se muito for. Acho um desrespeito ao MP. […] O prefeito disse que para botar os ônibus para rodar, tinha que botar passagem a R$ 5”, pontuou.
Em seguida, foi a vez de Olívia responder a uma pergunta, e também mirou a mira na atual gestão. A candidata comunista disse que “eles transformam a prefeitura em uma agência de negócios” .
“No nosso governo vamos assumir o plano emergencial de recuperação da economia da nossa cidade. Vamos estabelecer política municipal de microcrédito para injetar recursos em micro e pequenos empreendedores. Fiquei perplexa do candidato Bruno, de ignorar a quantidade de desempregados e dizer que criaram empregos. Salvador tem 18% de pessoas desempregadas, pessoas na miséria, na pobreza”, definiu.
Denice perguntou a Hilton sobre a situação dos ônibus em Salvador e elencou algumas intervenções do governo do Estado na mobilidade urbana, o candidato do PSOL aproveitou para criticar não só a prefeitura, como também a administração estadual.

“De fato a situação é dramática. É um problema gravíssimo. Tem uma relação promiscua com empresários dos ônibus, mas me parece que o governo do Estado que destoa de ACM Neto. O comportamento de Rui tem sido marcado por beneficiamento de grandes empresas. Vamos lembrar que o governo, que começou seu segundo mandato falando em abrir novas escolas, e fechou centenas de turnos e escolas, como Odorico Tavares”, disse.

Fonte:Metro1