Bolsonaro promete divulgar lista de países que compram madeira ilegal

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Em discurso na 12ª Cúpula do Brics, bloco de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o presidente Jair Bolsonaro prometeu divulgar nos próximos dias uma lista de nações que compram madeira ilegal da Amazônia. Por conta da pandemia, o encontro dos líderes ocorreu de forma virtual nesta terça-feira (17/11).
De acordo o presidente, o sistema desenvolvido pela Polícia Federal é capaz de rastrear o DNA das madeiras apreendidas. “Essa lista vai revelar os países que têm importado madeira de forma ilegal da Amazônia. Muitos desses países são os mais severos críticos no tocante ao meu governo. Com essa lista essa prática vai diminuir e muito”, disse Bolsonaro.

Sobre a pandemia do novo coronavírus, o presidente brasileiro aproveitou para criticar o que ele chamou de “politização do vírus” e defendeu uma reforma na estrutura da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A crise mostrou uma centralidade nas decisões por parte de algumas nações. Precisamos reformar os organismos internacionais como a OMS e a OMC (Organização Mundial do Comércio)”, afirmou o mandatário.

Vacina
Ainda sobre a pandemia, Bolsonaro ressaltou que os países que compõem o Brics estão em perfeita sintonia na busca de uma vacina contra a covid-19. Rússia e China estão entre os países que tentam desenvolver uma vacina contra a doença.

No Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve a vacina CoronaVac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No Paraná, o governo local e a Rússia assinaram um acordo para desenvolvimento da vacina Sputnik V.
No entanto, recentemente o presidente brasileiro “comemorou” a suspensão dos testes da CoronaVac pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a morte de um voluntário. No episódio, Bolsonaro afirmou que teria “ganhado mais uma” do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O chefe do Executivo e o tucano são adversários políticos desde o início da pandemia. Além disso, Bolsonaro já reiterou diversas vezes que não defende a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus.

Fonte:Correio Braziliense