Caminhoneiros se reuniram com Bolsonaro e esperam por encontro com Rodrigo Pacheco

Os caminhoneiros afirmaram que não vão se desmobilizar, mesmo após encontro com o presidente Jair Bolsonaro quinta-feira (08). Segundo um representante do grupo, na reunião, o presidente não pediu que eles encerrassem a paralisação.

Segundo o jornal O Globo, eles aguardam serem recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e negam que a alta do preço dos combustíveis seja um dos motivos do protesto.

Havia a expectativa que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, desse uma declaração, após a reunião de Bolsonaro com os caminhoneiros que começou ainda na manhã.  No entano, os caminhoneiros surgiram no saguão no Palácio do Planalto acompanhados dos deputados bolsonaristas Carla  Zambelli (PSL-SP), Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Bibo Nunes (PSL-RS).

“A gente está aqui manifestando, representando um segmento da sociedade brasileira. A gente estabeleceu uma pauta de entrega de um documento ao senador Rodrigo Pacheco e até o momento não tivemos êxito nisso. Permanecemos no aguardo de ser recebido pelo mesmo. E talvez existam algumas questões sobre quanto tempo vai durar: estamos aguardando sermos recebidos pelo Senador Rodrigo Pacheco. Até que isso seja realizado estamos mobilizados em todo o Brasil”, disse Francisco Dalmora Burgardt, o Chicão Caminhoneiro.

Francisco Burgardt foi candidato a vereador nas eleições de 2020 em Canoinhas, Santa Catarina, pelo PRTB. Burgardt também é um dos manifestantes listados em um pedido de habeas corpus protocolado na madrugada desta quinta-feira (08) no Superior Tribunal de Justiça para evitar que apoiadores de Bolsonaro não sejam retirados da Esplanada dos Ministérios.

Questionado se o presidente havia pedido para que desmobilizassem, Chicão Caminhoneiro afirmou que não houve apelo. Na noite de quinta-feira, Bolsonaro e o ministro Tarcísio gravaram mensagem pedindo a liberação das estradas.

“Não, o presidente não nos pediu nada. Estamos numa visita de cortesia visto que viemos ao Senado e até o momento não pudemos ser recebidos. Como nós estamos mobilizados aqui aproveitamos a oportunidade para estar com o presidente que diga-se de passagem foi muito cordial. E estamos avançando no sentido de construir uma agenda positiva para o povo brasileiro”, disse.

Apesar da alta de combustível que afeta diretamente a categoria, eles afirmam que o tema não está na pauta de reivindicação deles.

 

Metro1