Aliados aconselham Paulo Guedes a pedir demissão

A pressão para que o ministro Paulo Guedes deixe o comando da Economia cresceu nesta quinta-feira (21). A informação foi apurada pela CNN Brasil junto a interlocutores do principal colaborador do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Pessoas próximas ao gestor avaliam que ele não deverá terminar o mandato se a PEC dos Precatórios for aprovada da forma como foi elaborada pela ala política, com o aval da cúpula do Congresso Nacional.

Guedes também tem sido aconselhado por liberais a declarar que não tem conseguido aprovar medidas por conta do “apetite” político em Brasília, entre outros motivos.

Vale lembrar que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou no último dia 5 de outubro a convocação de Guedes para que ele explique por que mantém recursos em contas offshore no exterior. Fontes da Economia dizem que ele deverá antecipar a ida ao Legislativo, justamente para abreviar a permanência no governo.

Mais cedo, o secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração do Ministério da Economia. A saída se dá por divergência de como a ala política quer bancar o Auxílio Brasil de R$ 400, que deve furar o teto de gastos e causar um rombo no orçamento.

Na quarta-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo avalia uma “licença” para furar o teto. A fala foi interpretada como uma rendição da equipe econômica aos desejos da ala política do governo e aceitou romper o teto de gastos — principal regra fiscal do país.