Alta da Selic impactará pouco nos juros finais, diz Anefac

atla da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida hoje (27) pelo Banco Central, terá pouco impacto sobre as taxas cobradas dos consumidores e das empresas, avalia a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Segundo a entidade, existe uma diferença grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o que dilui o impacto na ponta final.

De acordo com a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 104,24% para 107,03% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 47,47% para 49,54% ao ano. A Selic passou de 6,25% para 7,75% ao ano.

Apesar do impacto pequeno nas taxas médias, os consumidores e as empresas gastarão mais para contratarem linhas de crédito, conforme as simulações detalhadas da entidade. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 13,72 a mais com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,80 a mais.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 3,60 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 43,92 a mais após o pagamento da última parcela. Caso seja feita em financeira, a operação sairá R$ 28,71 mais cara. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 32,11 a mais por parcela e R$ 1.926,35 a mais no total da operação.

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 185,04 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 74,25 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e apenas R$ 8 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.