A ministra do STF, Cármen Lúcia vai assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (3) e, com sua posse, chegam também duas mulheres, pela primeira vez, à cúpula da Corte, ocupando os cargos de diretora-geral e secretária-geral.

Eleitoralista, doutora em Direito político e uma das fundadoras da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Roberta Gresta assumirá a direção-geral da Corte. Na prática, ela vai ser responsável por coordenar o o funcionamento administrativo do TSE no próximo biênio.

Já a escritora e desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Andréa Pachá vai assumir secretaria-geral, órgão responsável pela área jurisdicional, como processos e pautas de julgamento na Corte. Andréa tem passagem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde participou da criação do Cadastro Nacional de Adoção. Ela também ajudou a implementar as Varas de Violência contra a Mulher em tribunais de todo o Brasil.

Cármem Lúcia toma posse em uma cerimônia prevista para as 19h desta segunda-feira. Ao todo, 350 convidados já estão confirmados. Entre eles, os chefes dos Três Poderes, que terão assentos na mesa principal: o presidente Lula; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A ministra vai ocupar a presidência do TSE no lugar do ministro Alexandre de Moraes. O principal desafio do seu mandato na Corte serão as eleições municipais que ocorrerão em outubro deste ano.

Vale lembrar, é a segunda vez que a ministra chefiará o TSE. A primeira foi em 2012, quando ela se tornou a primeira mulher na história a presidir a Corte máxima da Justiça Eleitoral.

Entre os julgamentos que Carmén Lúcia herdará de Moraes na Corte, estão a fraude na cota de gênero nas eleições, além de ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador Jorge Seif (PL)

Com informações do Metro 1 e da revista Carta Capital