Sete em cada dez gaúchos afirmam que a destruição provocada pelas enchentes históricas dos últimos dois meses no Rio Grande do Sul poderia ter sido evitada. Além disso, a maioria aponta as três esferas governamentais, parlamentares e a própria população como culpados pela tragédia.

Os dados são de uma pesquisa Datafolha que entrevistou 2.457 brasileiros em todas as regiões do país e, entre eles, 567 moradores do Rio Grande do Sul. A margem de erro para a amostra do estado é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Já para a população brasileira, a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Segundo a Folha de São Paulo, a percepção de que era possível evitar danos causados pelas enchentes é maior entre aqueles que moram na região metropolitana de Porto Alegre —área que foi afetada por falhas em diques que integram o sistema de contenção de inundações da capital —, em comparação aos moradores do interior do estado.

No Brasil como um todo, 72% dizem que a destruição poderia ter sido evitada, enquanto 24% dizem que não e 4% respondem que não sabem. Já no Rio Grande do Sul, 75% afirmam que era possível evitar a destruição, mesmo com a mesma proporção de entrevistados tenha respondido que não era possível evitá-la (24%). Isso ocorre porque só 1% dos gaúchos diz que não sabe se era possível evitar os danos ou não.