Taxas de juros terminam em alta com avanço do dólar e movimento de ajuste

O avanço do dólar serviu de argumento para uma correção dos juros futuros, que vinham de várias sessões seguidas de queda. As taxas operaram atreladas ao câmbio e a um ajuste à devolução de prêmios vista nos últimos dias, sem uma agenda de indicadores forte para guiar o mercado.

 Segundo operadores, também pesou para a recomposição das taxas a elevação da mediana das estimativas para o IPCA de 2015 trazida pela Focus. A expectativa subiu de 6,56% para 6,60%. Ainda, os investidores estariam incomodados com a possibilidade de o IPCA de janeiro superar a marca de 1%. Na pesquisa, a estimativa para o IPCA deste mês subiu de 0,97% para 1,05%.

 Nesta segunda-feira, 12, ao final da sessão regular da BM&FBovespa, nas taxas curtas, o DI abril de 2015 estava em 12,230%, de 12,190% no ajuste anterior, com 63.015 contratos; o DI para janeiro de 2016 (73.410 contratos) projetava 12,75%, ante 12,69% no ajuste da Sexta-feira.

 Nos longos, o DI para janeiro de 2017, com 190.430 contratos, tinha taxa de 12,58%, de 12,48% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 indicava taxa de 12,17%, ante 12,05%, com 54.995 contratos. O dólar à vista no balcão, por sua vez, encerrou cotado em R$ 2,668 (+1,10%).

 Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) da primeira prévia de janeiro subiu 0,29% ante avanço de 0,63% na primeira prévia do mesmo índice em dezembro. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que esperavam taxa entre 0,09% e 0,68%, com mediana em 0,27%.

Com informações do ESTADÃO