Médicos suspendem greve em unidade nos Barris

    Após assembleia, realizada na noite desta segunda-feira, 11, pelos profissionais de saúde do Sindicato dos Médicos (Sindimed), ficou decidida a suspensão da greve que estava marcada para ser iniciada hoje na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro dos Barris.

    Segundo Gil Freire, médico e diretor de comunicação do sindicato, ficou acertado que uma nova proposta será apresentada amanhã, às 15h, pela Fundação José Silveira, que administra a UPA. Depois,  haverá uma nova rodada de negociações.

    O impasse, de acordo com Freire, foi iniciado após o dia 31 de março, quando uma paralisação de um dia e meio foi realizada pelos médicos da UPA dos Barris e, após acordo, a negociação salarial não ficou clara.

    Ele explica que enquanto  a fundação  compreendeu que o aumento faria referência ao salário bruto,  para o Sindimed o mesmo seria sobre o salário líquido.

    Reivindicações

    Entre as reivindicações, segundo Freire, estão melhores condições de trabalho e fim de atrasos dos pagamentos que, segundo o diretor de comunicação,  já chegaram a até três meses.

    Em uma publicação  no site no sindicato, a entidade expôs que a “Fundação José Silveira não esboçou qualquer interesse em assinar o acordo firmado na última greve dos dias 31 de março e 1º de abril”.

    Outro lado

    Em nota, a Fundação José Silveira defende que “jamais se furtou a negociar junto ao Sindimed, bem como cumprir os acordos celebrados”. E que, está “surpresa com o novo pleito de reajuste salarial no percentual de 40%. O que extrapola qualquer índice no período”.

    A presidente do Sindicato Patronal das Instituições Filantrópicas do Estado da Bahia (Sindifiba), Laura Queiroz, acredita que a pauta do Sindimed está na primeira rodada de negociações, pois o processo só foi deflagrado em reunião  dia 5 de maio.

     “Estamos no mês da data-base para os profissionais representados pelo sindicato, que seria no dia 1º deste mês. Estamos oferecendo 7,81% de reajuste nesse movimento da unidade UPA Barris. Estamos aguardando o retorno referente à  proposta”, diz Laura.

    A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que, para o órgão, se  trata de “um impasse entre o sindicato e a fundação, já que os médicos são funcionários da mesma”.

    E  que,  em acordo com a SMS, a fundação informou que o contrato de  manter pelo menos seis médicos nos plantões seria cumprido.

    Com informações Jornal A TARDE