Em sessão relâmpago e tumultuada, MP do futebol é aprovada em comissão

Em uma sessão relâmpago, a comissão mista da MP do Futebol aprovou o texto do relatório da maneira que o relator Otávio Leite (PSDB-RJ) apresentou. Havia, no entanto, 11 destaques a serem discutidos e votados na sessão nesta manhã, no Senado, mas o presidente Sergio Petecão (PSD-AC) evocou o regimento interno da Casa e decretou aprovado o texto de Leite, que é favorável ao governo e cobra, entre outras coisas, a renegociação da dívida. O plenário tinha menos da metade dos parlamentares que marcaram presença na tumultuada sessão de quarta-feira, suspensa e adiada para hoje.

A sessão desta quinta-feira, 25, estava marcada para as 9h e começou com 15 minutos de atraso. E os deputados que apresentaram o destaque a ser debatido não se fizeram presente neste período, assim Petecão encerrou a reunião. Um minuto depois do fim da sessão, surgiram no plenário 6 da Ala Nilo Coelho os deputados da bancada da CBF, Marcelo Aro (PHS-MG) e Vicente Cândido (PT-SP).

Eles ficaram revoltados com a votação relâmpago. “Eu desço do meu gabinete, vocês rejeitam todos os destaques e dão por encerrada a sessão.  Em todas as sessões anteriores a gente esperava 30 minutos para começar a sessão, por que nesta o senhor [Petecão] começou e encerrou em tempo recorde? Há vida depois de amanhã nesta Casa, senador”, desafiou Aro.

Cândido atacou o relator Otávio Leite. “Essa sessão não poderia terminar desta forma. Essa ligeireza não constrói relações. Não dá para votar com plenário vazio como ocorreu agora. A gente conhece a casa, o relator poderia ter esperado, estava combinado com o relator ontem. A Câmara funcionou até a meia-noite e meia de hoje [quinta-feira] e esta sessão estava marcada para as 9h. Por isso, quero registrar meu descontentamento. Havia casos que o senhor [Otávio Leite] ficou de acatar e de discutir hoje. Mas aí vota em dois minutos em uma Casa vazia. Mais uma quebra de acordo nesta Casa. O senhor acha que 15 minutos de espera é razoável? Todas as outras nós esperamos meia hora”, reclamou Cândido, diretor da CBF e sócio de Marco Polo Del Nero em um escritório de advocacia em São Paulo.

O texto de Leite vai ao plenário da Câmara e, em seguida, ao do Senado. Ele precisa passar pelo crivo das duas Casas até 17 de julho, data em que perde a validade.

Com informações do UOL