Falta de quórum leva a novo adiamento da análise de vetos presidenciais

Pelo segundo dia consecutivo, e pelo mesmo motivo, falta de quórum, a sessão do Congresso Nacional que analisaria, nesta manhã, vetos da presidenta Dilma Rousseff a propostas que aumentam despesas do governo foi encerrada sem deliberar nada.

Mesmo depois de o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), suspender a sessão por 30 minutos, na tentativa de melhorar o quórum, apenas 223 do mínimo de 257 deputados exigidos para atingir o quórum para deliberação haviam registrado presença. Entre os senadores, o quórum mínimo de 41 senadores foi alcançado com facilidade e, no encerramento da sessão, 68 dos 81 estavam prontos para a votação.

“No Senado, a bancada está completa. Lamentavelmente, trouxeram a crise aqui para dentro, quem está na berlinda hoje aqui é o Congresso. O governo ser derrotado ou vitorioso é do jogo. Agora, esvaziar plenário constantemente, no meu entendimento, não é do jogo”, afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Na Câmara, o líder peemedebista Leonardo Picciani (RJ), que ontem atribuiu o insucesso na tentativa de votação ao dia da semana e ao horário em que a sessão foi marcada, limitou-se a dizer que o PMDB esteve presente e fez sua parte. ‘Não há recado. Cabe ao Planalto conversar com os partidos, cabe aos partidos explicitar suas razões e tentar encontrar no diálogo a forma de resolver. Não há nada que seja intransponível, o diálogo pode sempre resolver tudo.”

“É aquilo que eu falo sempre. O que está acontecendo é que não mudou nada. Quem era a favor [do governo], continua a favor, quem era contra, continua contra, quem tinha problema, continua com problema”, disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que reafirmou ser favorável à manutenção dos vetos a projetos que aumentam gastos.

Com informações da Agência Brasil